sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Passeio de bicicleta pela Alsácia

Uma das melhores lembranças que eu tenho da viagem à França é o nosso passeio de bicicleta entre Strasbourg (França) e a cidade de Kehl, na Alemanha. Era um dia fresquinho de primavera quando alugamos uma bicicleta cada um e passeamos sem parar por toda Strasbourg, atravessamos a ponte que liga a França à Alemanha e paramos em uma feirinha de rua em Kehl, uma cidadezinha com pouco mais de 30 mil habitantes às margens do rio Reno.

Tivemos muita sorte de ir parar naquela região onde havia a feira e pudemos experimentar delícias da região como a Flamekuchen, uma massa fininha com recheio de bacon, cebola e nata. Até trouxemos a receita e fazemos vez ou outra em casa.

Para quem estiver em Strasbourg, recomendo muito fazer este passeio. O trajeto é lindo, cheio de vegetação e super seguro. O aluguel das bicicletas é bem acessível. Pegamos às 8h e devolvemos às 18h. Conseguimos passear muito e conhecer a região sob um ponto de vista bem diferente.

Essa foto tiramos logo que chegamos em Kehl.

O caminho por si só já vale o passeio, é super arborizado, lindo!

Esta é a ponte que atravessamos...

... do lado de cá Alemanha e do lado de lá França. 

Tudo muito bem sinalizado.
 
Um pedacinho de Kehl.

Parada para comprar umas frutas, já na volta a Strasbourg.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dica de restaurante em Amsterdam

Essa é uma dica para quem vai a Amsterdam e adora culinária francesa. A cidade tem centenas de ótimos restaurantes, mas, se eu pudesse escolher um para voltar seria o FLO. Ele fica bem na área central de Amsterdam, perto da Rembrandt Square.

Super charmoso, a decoração é linda e logo na entrada uma “vitrine” com ostras, lagostas e todos os tipos de crustáceos frescos já abrem o apetite. Os frutos do mar, é claro, são a especialidade do restaurante, mas também há outras carnes como coelho, gado e pato no cardápio. A carta de vinhos é excelente. Ah, e a sobremesa: o melhor crème brûllée que eu já comi na vida!

Quer saber mais? Acesse o site do restaurante
 
Eu não tirei fotos quando fui lá, então abaixo umas fotos que eu peguei da internet só para ter uma ideia de como é o Flo.
 
 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Québec: respirando a França no Canadá

Québec é um pedacinho da França instalado na América do Norte. Eu costumo dizer que o Canadá é uma mistura do que há de melhor na Europa - organização, cultura, arquitetura, educação do povo - com o que há de melhor na América do Norte - tecnologia, modernidade, etc. Tudo bem, Quebéc é bem mais europeia do que americana, mas em cidades como Montreal e Ottawa é possível fazer essa comparação sem medo de errar.

A cidade de Québec, capital da província de mesmo nome, é a cidade mais antiga do Canadá e também a mais antiga cidade francesa das Américas, fundada em 1608. Tem cerca de 500 mil habitantes.

Eu tive a satisfação de ir a Quebéc em duas oportunidades completamente distintas: no inverno e na primavera. O inverno é rigorosíssimo, pegamos uma média de -17o C. Era quase imposível andar na neve por mais de 10 ou 15 minutos. De vez em quando é preciso entrar em uma cafeteria para se esquentar um pouquinho.

O hotel que eu recomendo é o Chateau Laurier. É simplesmente lindo, tem a arquitetura baseada num castelo, foi construído no século 19 mas por fora lembra pelo menos um século a menos. A estrutra é ótima. Fica pertinho do Chateau Frontenac (o hotel mais famoso de lá, que tem inclusive visita guiada) e tem um preço bem mais amigável.

A qualidade do serviço e da comida do Vieux Québec (a parte antiga da cidade) é excepcional. Atrações imperdíveis: andar pela rue San Louis e pelo Petit Champlain cheio de lojinhas de souvenirs, Hotel du Parlement (tem visita guiada gratuita), Parc du Champs de Bataille (tem diversas atrações) e Place d'Armes. Outra atração que não dá para perder é o espetáculo L’Odysée, que conta a história da fundação do Quebéc. Fica quase em frente ao hotel. Não recomendo o Musée du Fort, fui lá mas achei uma perda de tempo, principalmente depois de ter assistido ao "L'Odysée".

Como eu ia dizendo, o inverno é muito rigoroso e às 16h30 já é noite. Tudo fecha bem cedo, então é bom se programar para aproveitar bem o dia e à noite ir a um lugar fechado: shopping, restaurante, etc. Logo após o Natal é o período ideal para compras. Eles fazem o “Boxing day”, uma promoção de saldos de Natal. O Centre Laurier é um shopping ótimo e tem transporte gratuito do hotel para o shopping e vice-versa. É só se informar sobre os horários no próprio hotel ou no escritório de turismo.

A cidade de Québec é linda, mesmo sob a paisagem branca e gelada da neve. O povo é extremamente solícito e educado. Tivemos provas constantes disso, desde o motorista do taxi que nos pegou no aeoroporto até o segurança do shopping. Acho que o fato de falar francês ajuda, todo mundo vem perguntar de onde somos, como aprendemos francês, etc.

Uma atividade que não dá para perder no inverno é o esqui. No Parc des Champs-de-Bataille, do outro lado da rua do hotel, é possível alugar equipamento e esquiar durante três horas. 

Outra atração muito bacana é o Museu de Belas Artes, onde podemos conhecer um pouco da arte canadense.

Na primavera, a paisagem muda completamente, o parque coberto de neve dá lugar a uma planície verde de onde temos uma linda vista do porto e da parte antiga da cidade. Os jardins branquinhos ficam cobertos de tulipas coloridas. O clima é muito agradável, com sol e calor.

As duas experiências foram incríveis, mas, para quem não curte muito o frio, eu sugiro não ir no inverno. Até porque sem neve é possível aproveitar mais atrações ao ar livre.


Neste site é possível ter informações para planejar toda a viagem: http://www.bonjourquebec.com/

 

Chateau Frontenac no inverno e na primavera. Nesta segunda foto ele estava em reformas.



 O parque onde esquiamos: no inverno e na primavera.




Frente do hotel: no inverno e na primavera.




Jardim do Parlamento. Vale à pena uma visita guiada (é gratuita).
 

O Petit Champlain é uma rua super turística, com restaurantes, cafés e lojinhas.


No inverno eles fazem esse picolé de Sirop d'Érable, aquele melado qee sai da árvore típica do Canadá. É só misturar o xarope com gelo (eu desconfio que é a neve que eles pegam direto do chão! :))


As tulipas no jardim do Parlamento.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Parador da Montanha, Rio dos Cedros: um lugar para relaxar

Hoje eu vou compartilhar com vocês nossa experiência em um lugarzinho delicioso, escondido no interior de Santa Catarina, na cidade de Rio dos Cedros. No ano passado resolvemos passar o final do ano em um lugar sossegado, sem trânsito, aeroporto, barulho ou qualquer coisa que pudesse gerar algum tipo de estresse, afinal, o ano tinha sido puxado e tudo o que queríamos era sossego. Pesquisamos bastante e encontramos o Parador da Montanha, um hotel super familiar que fica no Alto Cedro, uma localidade de Rio dos Cedros, cidade situada a cerca de 40 km de Blumenau. Chegando ao centro da cidade, é preciso pegar mais ums 30 km de estrada de barro, mas em boas condições.

O trajeto por si só já vale à pena, pelo menos nessa época do ano, em que as hortênsias decoram toda a margem da estrada, formando um lindo cenário.

Ao chegar ao hotel e entrar na cabana que escolhemos, temos a impressão de ter chegado ao paraíso. Escolhemos a cabana "Arquitetura", uma das três disponíveis, mas a que tem melhor infraestrutura, com uma jacuzzi na sacada com vista para a represa, banheira com solário, lareira, uma cama deliciosa e um edredon idem (detalhe que dormimos com edredon em pleno verão, sem precisar de ar condicionado, de tão agradável que era a temperatura nos 800 metros de altitude do local).

Além de três cabanas, o parador possui quartos também equipados com lareira e banheira. A sede é uma cabana em estilo canadense, construída com pedras e troncos. Todos os jantares são à luz de velas. Tudo é preparado e servido sob o olhar atento dos proprietários, Bubi e Zanza, que logo já fazem amizade com os hóspedes e fazem com que a gente se sinta em casa.

Posso dizer que os cinco dias que passamos por lá valeram um mês de descanso. Lá não pega celular e a tv no quarto seve apenas para assistir DVD, porque não há cabo ou antena. Ou seja, quem vai ao Parador deve estar com a mente aberta para ter contato com a natureza e paz de espírito.

Clique aqui para conhecer o site do Parador da Montanha.


A cabana é super aconchegante.

Deck com jacuzzi e vista para a represa.

 Tivemos  a sorte de pegar dias lindos de sol.

 A comida é deliciosa e as mesas à luz de velas dão todo o charme.


 A cabana pelo lado de fora.
O deck da piscina no fim da tarde.

 E o deck durante o dia.
 A cadela Laís era companheira dos banhos de represa do Sylvio.


As hortênsias estavam por toda parte.


 Vista da piscina para a sede do parador.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Anna Palowna e o mosaico de flores

Eu tive a sorte de passar por Anna Palowna, uma cidadezinha super charmosa ao norte da Holanda, próxima a Den Helder, em um dos dias mais importantes da cidade, o Bloemendage, ou “Dia das Flores”. É a data em que os moradores da cidade juntam-se em grupos para fazer mosaicos de flores. Há uma competição para escolher qual o mais bonito. Eu perguntei a uma conhecida lá o que o vencedor ganhava e ela me respondeu que não havia prêmio, era só a alegria de ganhar a competição mesmo.

Mas, também, com a cidade toda enfeitada com lindos desenhos feitos de bulbos de flores, acho que todos os habitantes tem um dia muito especial. São desenhos lindíssimos, incríveis, temos que chegar bem pertinho para ver que são feitos de flores mesmo. Os moradores passam dias trabalhando nesses “quadros” que vão enfeitar os jardins das casas. Eu inclusive acompanhei a confecção de uma dessas obras, inspirada em uma foto da Tina Turner. O trabalho é super detalhista, eles escolhem as cores e tamanhos dos bulbos e das flores com muito cuidado para ficar tudo perfeito.

Anna Paulowna é uma das maiores áreas de cultivo de bulbos de tulipas na Holanda. Há cerca de 450 diferentes tipos de tulipas sendo cultivados lá.

Confesso que não cheguei a visitar a cidade com calma fora desse dia comemorativo. Mas, fique atento, se você passar por perto de Anna Palowna no início de maio, sugiro que dê uma olhada na programação da cidade para ver se o festival está próximo.

Neste site você encontra mais informações sobre a cidade.

 Esse é um dos meus preferidos, o Asterix, é praticamente uma instalação, o cachorrinho faz xixi e sai fumacinha do caldeirão.



 Mesmo as casas onde não há os mosaicos são enfeitadas com flores e com as cores da bandeira holandesa.
 As pessoas lotam as ruas tirando fotos e assistindo ao espetáculo das flores.

 O bom humor holandês!
 Olha só essa ponte! E eu lá no meio da moldura!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Alkmaar, a cidade dos queijos

Hoje vou falar de Alkmaar, uma cidade linda bem ao norte da Holanda. É surpreendente como essa cidade consegue ter um ar de cidade grande, com movimento, pessoas bonitas nas ruas, muitos jovens, muita gente nas cadeiras no lado de fora dos bares, mas ao mesmo tempo não perde o charme de cidade histórica, com grandes construções antigas, igrejas, ruelas de pedra, etc.

Não tem dinheiro no mundo que pague o prazer de sentar a uma das centenas mesas espalhadas pela praça central da cidade e ficar lá tomando um vinho, pegando um solzinho de primavera.

A noite é uma delícia, mas os bares e casas noturnas fecham cedo.

O ponto alto da cidade é o mercado de queijos, uma tradição em Alkmaar desde 1593. Às sextas-feiras a praça central fica repleta de vendedores de todos os tipos de queijo, que fazem verdadeiros espetáculos para demonstrar seus produtos.

Alkmaar é definitivamente um dos meus destinos favoritos na Holanda.

 O comércio é ótimo, tem muitas lojas legais, como Hema, H&M, entre outras.

 Mercado de Queijos
 Os bares espalham mesas e cadeiras pela praça.

Gente de todas as idades se diverte em Alkmaar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A terra do Champagne

Veuve Clicquot, Taittinger, Mumm, Pommery.... Já pensou em um lugar com todas essas caves de champagne e muito mais? Esse lugar chama-se Reims, a capital da região de Champagne, na França. Um lugar lindo, mágico, tranquilo... Sabe o que é entrar na cidade e já sentir um cheiro diferente? Essa é a minha primeira lembrança de Reims, o aroma da cidade.

Reims, durante séculos, foi o local de coroação de todos os reis da França. A cidade tem uma arquitetura belíssima. Vale muito à pena conhecer a Basílica de Saint Remi, a Catedral de Notre-Damme e também o Musée Saint-Remi. A praça onde fica o escritório de turismo é uma graça, ali perto é possível sentar-se a uma mesinha na calçada, em um barzinho, ficar tomando champagne e assistindo ao movimento.

A cidade é pequena, duas noites são suficientes. Não se pode deixar de visitar uma das caves de champagne. Nós fomos à Taittinger, foi uma visita incrível, conhecendo todos os passos de produção da bebida, com uma deliciosa degustação no final.

Outro ponto forte de Reims são as pessoas: educadíssimas, super gentis, dispostas a ajudar e dar informações.

Não tem metrô, mas o sistema de ônibus funciona muito bem.

Para programar melhor a viagem, você pode solicitar uma brochura no site http://www.reims-tourisme.com. Eles mandam a versão impressa para o seu endereço, com mapa da cidade, guia turístico, etc.


Basílica de Saint-Remi

  Adivinha o que bebemos lá?

 Catedral de Notre-Dame
 Fachada do Office de Tourisme
 
Place du Forum, onde ficam uns restaurantes deliciosos.