Québec é um pedacinho da França instalado na América do Norte. Eu costumo dizer que o
Canadá é uma mistura do que há de melhor na Europa - organização, cultura, arquitetura, educação do povo - com o que há de melhor na América do Norte - tecnologia, modernidade, etc. Tudo bem, Quebéc é bem mais europeia do que americana, mas em cidades como Montreal e Ottawa é possível fazer essa comparação sem medo de errar.
A cidade de Québec, capital da província de mesmo nome, é a cidade mais antiga do Canadá e também a mais antiga cidade francesa das Américas, fundada em 1608. Tem cerca de 500 mil habitantes.
Eu tive a satisfação de ir a Quebéc em duas oportunidades completamente distintas: no inverno e na primavera. O inverno é rigorosíssimo, pegamos uma média de -17o C. Era quase imposível andar na neve por mais de 10 ou 15 minutos. De vez em quando é preciso entrar em uma cafeteria para se esquentar um pouquinho.
O hotel que eu recomendo é o
Chateau Laurier. É simplesmente lindo, tem a arquitetura baseada num castelo, foi construído no século 19 mas por fora lembra pelo menos um século a menos. A estrutra é ótima. Fica pertinho do
Chateau Frontenac (o hotel mais famoso de lá, que tem inclusive visita guiada) e tem um preço bem mais amigável.
A qualidade do serviço e da comida do
Vieux Québec (a parte antiga da cidade) é excepcional. Atrações imperdíveis: andar pela
rue San Louis e pelo
Petit Champlain cheio de lojinhas de souvenirs,
Hotel du Parlement (tem visita guiada gratuita),
Parc du Champs de Bataille (tem diversas atrações) e
Place d'Armes. Outra atração que não dá para perder é o espetáculo
L’Odysée, que conta a história da fundação do Quebéc. Fica quase em frente ao hotel. Não recomendo o Musée du Fort, fui lá mas achei uma perda de tempo, principalmente depois de ter assistido ao "L'Odysée".
Como eu ia dizendo, o inverno é muito rigoroso e às 16h30 já é noite. Tudo fecha bem cedo, então é bom se programar para aproveitar bem o dia e à noite ir a um lugar fechado: shopping, restaurante, etc. Logo após o Natal é o período ideal para compras. Eles fazem o “Boxing day”, uma promoção de saldos de Natal. O
Centre Laurier é um shopping ótimo e tem transporte gratuito do hotel para o shopping e vice-versa. É só se informar sobre os horários no próprio hotel ou no escritório de turismo.
A cidade de Québec é linda, mesmo sob a paisagem branca e gelada da neve. O povo é extremamente solícito e educado. Tivemos provas constantes disso, desde o motorista do taxi que nos pegou no aeoroporto até o segurança do shopping. Acho que o fato de falar francês ajuda, todo mundo vem perguntar de onde somos, como aprendemos francês, etc.
Uma atividade que não dá para perder no inverno é o esqui. No Parc des Champs-de-Bataille, do outro lado da rua do hotel, é possível alugar equipamento e esquiar durante três horas.
Outra atração muito bacana é o
Museu de Belas Artes, onde podemos conhecer um pouco da arte canadense.
Na primavera, a paisagem muda completamente, o parque coberto de neve dá lugar a uma planície verde de onde temos uma linda vista do porto e da parte antiga da cidade. Os jardins branquinhos ficam cobertos de tulipas coloridas. O clima é muito agradável, com sol e calor.
As duas experiências foram incríveis, mas, para quem não curte muito o frio, eu sugiro não ir no inverno. Até porque sem neve é possível aproveitar mais atrações ao ar livre.
Neste site é possível ter informações para planejar toda a viagem:
http://www.bonjourquebec.com/
Chateau Frontenac no inverno e na primavera. Nesta segunda foto ele estava em reformas.
O parque onde esquiamos: no inverno e na primavera.
Frente do hotel: no inverno e na primavera.
Jardim do Parlamento. Vale à pena uma visita guiada (é gratuita).
O Petit Champlain é uma rua super turística, com restaurantes, cafés e lojinhas.
No inverno eles fazem esse picolé de Sirop d'Érable, aquele melado qee sai da árvore típica do Canadá. É só misturar o xarope com gelo (eu desconfio que é a neve que eles pegam direto do chão! :))
As tulipas no jardim do Parlamento.